O felix culpa, quae talem ac tantum méruit habére Redemptórem!
Resumo
Na tradição cristã, a ideia da felix culpa procura atrair o homem para perto da graça divina, buscando a libertação dessa culpa. Entretanto, para muitas pessoas, inclusive cristãos, o viver/com-viver com a culpa ou com sentimento de culpa, é acompanhado de muita dor, comprometendo em muitas ocasiões, seu relacionamento com Deus, consigo mesmo e com outras pessoas. É verdade que esse sentimento pode apresentar várias nuances a partir das diferentes experiências religiosas, das classes sociais e da formação cultural, mas também é verdade, que a culpa está presente em toda e qualquer sociedade, fazendo parte da demanda trazida aos escritórios de aconselhamento. Por isso, objetiva-se com esse artigo, auxiliar pastores e conselheiros a construírem melhor compreensão da temática abordada, e mesmo reconhecendo a dificuldade da ausência de uma exata conceituação sobre culpa e/ou do sentimento de culpa, busca-se apresentar os tipos de culpa: real, neurótica e existencial, evocando-se ainda, as abordagens freudiana e junguiana sobre a culpa. Nesse contexto, compreende-se a graça divina no cuidado pastoral pelos cativos da culpa, como um instrumento potencial de libertação desse sentimento. Para isso, sugere-se um modelo de aconselhamento para o enfrentamento da culpa, estruturado a partir da confissão, do arrependimento e do perdão, e em especial, um enfoque do maior desafio em todo esse processo: o autoperdão.
Publicado
Set 15, 2017
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BRITO, Neilson Xavier de.
O felix culpa, quae talem ac tantum méruit habére Redemptórem!.
Revista Teológica, [S.l.], n. 12, p. 77-92, set. 2017.
ISSN 2674-7898.
Disponível em: <http://ead.teologica.net/revista/index.php/teologicaonline/article/view/166>. Acesso em: 21 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos